Recentemente, a Dinamarca alcançou um marco importante ao comprar cerca de 24 milhões de dólares (166 milhões de coroas dinamarquesas) em medidas de remoção de carbono (CDR).
A conclusão do fundo de emissões negativas (NECCS) foi marcada pela entrega de contratos a três empresas pela Agência Dinamarquesa de Energia para novos projetos de captura e armazenamento de CO2 (CCS).
Entre 2026 e 2032, esses esforços visam capturar e armazenar 160.350 toneladas de CO2 anualmente. Isso equivale a aproximadamente 16.000 hectares de floresta por ano em CO2.
Três empresas, BioCirc, Bioman ApS e Carbon Capture Scotland, são envolvidas na aquisição de 1,1 milhão de toneladas de remoção de carbono, tornando o acordo o segundo maior do tipo em todo o mundo.
Os contratos para a captura e armazenamento de CO2 foram assinados, mas a Carbon Capture Scotland Limited ainda está finalizando os contratos.
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Dinamarca avança no processo de remoção de carbono
O objetivo de cada um desses projetos, que atendem aos requisitos do concurso, é aumentar a cadeia de valor da captura e armazenamento de carbono (CAC) da Dinamarca.
O fundo NECCS foi criado como parte da Lei Financeira Dinamarquesa de 2022 com o objetivo de apoiar as emissões negativas através da tecnologia CCS, contribuindo para os esforços de redução de CO2 em todo o mundo.
A iniciativa faz parte da estratégia da Dinamarca para reduzir as emissões de carbono. A meta principal é atingir zero emissões líquidas até 2045, com uma meta intermediária de reduzir 70% das emissões até 2030. Além disso, o país tem o objetivo de reduzir as emissões de CO2 a nível nacional em 110% até 2050.
As emissões de gases de efeito estufa (GEE) na Dinamarca diminuíram de forma contínua, principalmente no setor de produção de eletricidade, que caiu em dois terços entre 1990 e 2019, principalmente como resultado do aumento das fontes de energia renováveis.
No entanto, as emissões baseadas na demanda ainda são um problema para o país. A Dinamarca está firmemente comprometida com a transição para uma economia de carbono zero, reduzindo sua intensidade energética e aumentando a quantidade de fontes renováveis em sua mix energética.
A Dinamarca deve se concentrar em quatro áreas desafiadoras para atingir suas metas climáticas: transporte, agricultura, indústria e produção pública de eletricidade e calor.
Além do uso de materiais de base biológica, otimização de processos e aumento da eficiência do combustível, a tecnologia CCS desempenha um papel importante na redução das emissões de carbono.
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Outras formas de créditos de carbono
Além da remoção durável de dióxido de carbono (CDR), também é possível comercializa créditos de carbono florestais. Eles consistem em créditos emitidos a partir de reservas florestais.
No Brasil, um exemplo dessa ação, é o projeto Mejúrua, da BR ARBO, que comercializa créditos de carbono, ao mesmo tempo que protege a floresta.
Por Ana Carolina Ávila