Recentemente, Wei Quan, Yipu Li e Xun Li, do escritório de advogados Han Kun, relatam que a China fez grandes progressos no desenvolvimento dos seus mercados financeiros verdes, à medida que o país se esforça para realizar uma transição verde.
Nos dias de hoje, a China apresenta dificuldade de equilibrar o desenvolvimento econômico com o desenvolvimento da economia verde.
Em 2020, foi anunciado que o país chegaria à meta de carbono zero em 2030. Contudo, deve-se refletir se a posição atual do país permitiria isso.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, o financiamento verde tem como objetivo aumentar o nível dos fluxos financeiros (da banca, do microcrédito, dos seguros e do investimento) dos sectores público, privado e sem fins lucrativos para as prioridades de desenvolvimento sustentável.
A China é uma das pioneiras na promoção da economia verde. O bando chines junto com outros ministérios emitiu em 2016 as Diretrizes para o Estabelecimento do Sistema Financeiro Verde.
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Futuro da transição verde na China
As ferramentas que são utilizadas pela China para transacionar para uma economia mais verde são os títulos verdes e crédito verde.
O Catálogo de Projetos Endossados de Títulos Verdes (Edição de 2021) emitido pelo Banco Popular da China (PBOC), em abril de 2021 é uma medida significativa para promover o financiamento verde na China.
Este catálogo representa uma atualização importante do Catálogo de Projetos Apoiados por Títulos Verdes, lançado em 2015, e está em conformidade com os padrões internacionais para identificação de projetos ambientalmente sustentáveis.
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Projetos que impactam o mundo, Projeto Mejuruá
Assim como a China, o Brasil também está crescendo no mercado de créditos de carbono. Um exemplo disso é o projeto Mejúrua da BR ARBO, o que comercializa créditos de carbono originários de uma reserva na Amazônia.
O aumento consistente nos desembolsos de crédito verde pelos bancos comerciais nos últimos anos é um sinal positivo do compromisso crescente com a sustentabilidade financeira.
Quando mais investidores, empresas e instituições financeiras reconhecem a importância de considerar os fatores ambientais, sociais e de governança (ESG), é provável que o financiamento verde tenha sua relevância reconhecida.
Para atingir seu potencial máximo, a China deve melhorar a regulamentação nas finanças verdes, reforçar as informações, impulsionar o mercado de crédito de carbono e se alinhar aos padrões internacionais.
Por Ana Carolina Ávila