O Sri Lanka está iniciando um projeto de mapeamento de todas as espécies de árvores da ilha, preparando-se para ingressar nos mercados de carbono.
A iniciativa, foi anunciada por Ruwan Wijewardene, Conselheiro Presidencial Sênior sobre Mudanças Climáticas.
E visa entender a capacidade de sequestro de carbono das árvores e espera aprovação formal do gabinete para prosseguir.
O mapeamento, que levará aproximadamente dois anos, fornecerá dados mensuráveis sobre o potencial de carbono das florestas do Sri Lanka.
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Mercados de Carbono no Sri Lanka
Este projeto também permitirá uma estimativa inicial do número de créditos de carbono que podem ser emitidos.
A abordagem comunitária está sendo desenvolvida para incluir as vastas áreas de manguezais ao longo do litoral da ilha, que são essenciais para o sequestro de carbono e proteção contra condições climáticas extremas.
O Sri Lanka tem 6.400 propostas de projetos da iniciativa “Green Entrepreneurs”, focada na restauração e proteção de manguezais.
Ruwan Wijewardene menciona que uma estrutura regulatória está em desenvolvimento.
Visando não só o desenvolvimento do turismo e da receita de créditos de carbono, mas também a criação de empregos.
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Objetivo do Sri Lanka
O objetivo do Sri Lanka é se tornar neutro em carbono até 2040.
Complementando a energia renovável com a proteção e monetização de seus sumidouros naturais de carbono.
Esta estratégia faz parte do esforço do Presidente Wickremesinghe para mitigar os impactos das mudanças climáticas no país.
O país, tem enfrentado eventos climáticos extremos com maior frequência, como secas e inundações.
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Iniciativas que nos mercados de carbono: BR ARBO
Na COP28, o Sri Lanka anunciou várias iniciativas, incluindo a Universidade Internacional de Mudanças Climáticas, a Iniciativa do Cinturão Tropical (TBI) e o Fórum de Justiça Climática (CJF).
Estas iniciativas visam aumentar as capacidades de adaptação climática e criar uma voz mais forte nas negociações internacionais.
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Projetos similares, como os de reflorestamento da BR ARBO na Amazônia, também mostram como o sequestro de carbono pode ser usado para gerar créditos de carbono e ajudar na transição para uma economia verde.
Destacando a importância de iniciativas globais para enfrentar as mudanças climáticas.
Por Ana Carolina Ávila