Os novos rótulos de certificação do Princípio Central do Carbono (CCP), emitidos pelo Conselho de Integridade para o Mercado Voluntário de Carbono (ICVCM), podem ter um impacto significativo nos preços dos créditos de carbono.
Especialistas afirmam que os preços desses créditos podem aumentar em dois dígitos, ou seja, cerca de US$ 10 por tonelada métrica.
Esse aumento deve trazer mudanças importantes para projetos de compensação de carbono ao redor do mundo, especialmente em áreas como a Amazônia.
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Impacto nos Projetos Relacionados ao Artigo 6 do Acordo de Paris
Simon Jones, diretor da Emral Carbon, comentou durante um painel de webinar organizado pela Abatable que projetos que se alinham com o Artigo 6 do Acordo de Paris já estão negociando com prêmios semelhantes.
O Artigo 6 define regras para a comercialização internacional de créditos de carbono, assegurando que as emissões evitadas não sejam contadas duas vezes, o que traz maior confiabilidade ao mercado.
Atualmente, os créditos voluntários do mecanismo REDD+, que visa a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal, estão sendo negociados por cerca de US$ 11,21 por tonelada métrica.
No entanto, com a certificação CCP, a expectativa é que o preço desses créditos aumente substancialmente, especialmente para projetos que contribuem para a preservação de ecossistemas críticos, como a Amazônia.
Os créditos de biochar, já valorizados entre US$ 134 e US$ 145 por tonelada métrica, também podem se beneficiar dessa tendência.
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Relação com o Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá, que se concentra na restauração florestal na Amazônia, pode ser um dos grandes beneficiários dessa nova tendência.
A valorização dos créditos de carbono, somada à certificação CCP, reforçará a importância de iniciativas como essa.
Garantindo maior fluxo de investimentos e contribuindo para o combate ao desmatamento na região.
Por Ana Carolina Ávila
