Em março de 2024, as florestas degradadas na Amazônia Legal cobriam 2.121 km², o equivalente a duas vezes o tamanho das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA).
Esse número alarmante representa um aumento de 4.948% em comparação com março de 2023, quando apenas 42 km² de floresta foram degradados, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon.
O estado de Roraima foi o maior contribuinte para essa degradação, em grande parte devido à intensa estiagem, que resultou em 4.500 focos de queimadas entre janeiro e meados de abril de 2024.
As queimadas, exacerbadas pela seca prolongada, são um dos principais fatores de degradação florestal na região. Embora o desmatamento por corte raso tenha caído 64% no mesmo período, o aumento da degradação florestal continua sendo motivo de grande preocupação.
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Redução do Desmatamento por Corte Raso
O desmatamento por corte raso, que envolve a remoção completa da vegetação para outros usos do solo, como a criação de pastagens, registrou uma queda significativa em março de 2024.
No entanto, 124 km² da Amazônia Legal ainda foram desmatados, com o estado do Amazonas sendo o mais afetado, seguido por Mato Grosso, Roraima, Pará e Rondônia.
As terras indígenas da Amazônia sofreram menos com o desmatamento em março de 2024, com apenas 0,42 km² desmatados — uma queda de 89% em comparação com março de 2023.
Esse é o menor índice registrado em seis anos. No entanto, a degradação florestal em outras áreas, especialmente em propriedades privadas, continua a ser uma preocupação central.
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Ligação com o Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá, uma iniciativa de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, é um exemplo de como ações concretas podem reverter essa tendência de degradação florestal.
Ao promover a regeneração das florestas na Amazônia, o projeto contribui para o sequestro de carbono e a proteção da biodiversidade.
Se alinhando com os esforços para combater a crise climática na região
Por Ana Carolina Ávila