Um guia de financiamento intitulado “Finanças de Adaptação e Resiliência” foi lançado recentemente, fornecendo orientações sobre como aumentar o financiamento do setor privado voltado para adaptação e resiliência climática.
Desenvolvido em parceria entre o Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres (UNDRR), a KPMG e o Standard Chartered Bank, o documento é uma resposta às demandas da COP28, com ênfase nos mercados emergentes.
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A Lacuna de Investimentos em Adaptação Climática
O guia destaca uma preocupante disparidade entre os recursos alocados para adaptação e as necessidades reais.
Atualmente, menos de 10% do financiamento climático global é destinado a adaptações, enquanto os países em desenvolvimento exigem cerca de US$ 212 bilhões anuais até 2030.
Esta lacuna evidencia a importância de aumentar o envolvimento do setor privado para financiar projetos de adaptação, especialmente em regiões vulneráveis.
O material foi desenvolvido para atender a instituições financeiras, como bancos comerciais, bancos de desenvolvimento e investidores. Ele também pode ser útil para outras organizações que buscam identificar oportunidades de investimento relacionadas à resiliência climática.
O guia categoriza mais de cem atividades de interesse em sete áreas, como sistemas agroalimentares e soluções baseadas na natureza, oferecendo uma visão abrangente das oportunidades de impacto.
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Superando Desafios no Financiamento Privado: BR ARBO
Além de listar oportunidades, o documento aborda as barreiras enfrentadas pelo financiamento privado na área de adaptação.
Relacionando-se a iniciativas sustentáveis como o Projeto Mejuruá, focado no reflorestamento e captura de carbono na Amazônia, este guia pode auxiliar a promover novos investimentos que fortaleçam as capacidades locais e globais de adaptação, especialmente em regiões sensíveis como a Amazônia.
O projeto da BR ARBO exemplifica como iniciativas de adaptação e sustentabilidade podem convergir para gerar impactos positivos duradouros.
Por Ana Carolina Ávila