Antes do próximo G7 Summit, é importante revisar o compromisso assumido pelos países na COP28 em Dubai, conhecido como “The UAE Consensus”.
O evento ocorrerá na Itália entre os dias 13 e 15 de junho.
Esse compromisso inclui a ambiciosa meta de triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030 e “abandonar todos os combustíveis fósseis”.
De acordo com o recente relatório da International Energy Agency (IEA), o investimento global em energia limpa quase duplicará o montante destinado aos combustíveis fósseis em 2024.
Atingindo US$ 2 trilhões, especialmente nas economias emergentes e em desenvolvimento. No entanto, mais de US$ 1 trilhão ainda é canalizado para combustíveis fósseis.
O relatório destaca um aumento significativo nos investimentos em gás natural. Com 75% desse crescimento vindo dos Estados Unidos e do Catar.
Em termos de exploração convencional de petróleo e gás, mais de metade dos investimentos estão concentrados na América do Norte, Noruega, China e Rússia. Com as maiores descobertas registradas na Guiana e na Namíbia.
Saiba mais: Cathay Pacific está na busca net zero
Importância do G7 Summit nas metas climáticas
O G7 tem uma responsabilidade crucial na liderança global sobre questões climáticas.
Especialmente considerando que muitas das grandes empresas de petróleo e gás estão sediadas nesses países.
O compromisso de reduzir as emissões de metano é um passo importante, mas a necessidade de abordar o consumo de combustíveis fósseis é igualmente crítica.
É essencial continuar monitorando o “The UAE Consensus” e os compromissos assumidos na COP28.
A IEA lançará em breve seu relatório de mercado de petróleo de julho de 2024.
O relatório fornecerá informações adicionais sobre as tendências de investimento e consumo de combustíveis fósseis.
Saiba mais: Banco Mundial e IPAM criam projeções para desmatamento na Amazônia
Formas de atingir metas climáticas: projeto Mejuruá
O caminho para abandonar todos os combustíveis fósseis e triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030 é desafiador.
Contudo, é essencial para cumprir as metas do Acordo de Paris.
Além de reduzir os combustíveis fósseis, investir em projetos de descarbonização também é essencial para atingir as metas.
O projeto Mejuruá, da BR ARBO, comercializa créditos de carbono, ao mesmo tempo em que protege uma extensa reserva na Amazônia.
A liderança dos países do G7 será crucial para impulsionar as mudanças necessárias e garantir um futuro sustentável.
Por Ana Carolina Ávila