Recentemente, as Big Techs Meta, Microsoft, Google e Salesforce estão investindo muito no mercado de carbono.
Esse ano anunciaram a iniciativa chamada Symbiosis Coalition.
Comprometendo-se a adquirir créditos de carbono equivalentes a 20 milhões de toneladas métricas de CO₂ até 2030.
Este esforço, que se concentra principalmente em projetos de florestamento e reflorestamento.
Surgindo em um momento crítico para o mercado voluntário de carbono. O qual enfrenta crescente problemas como greenwashing, violações de direitos humanos e falta de transparência.
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Desafios e Críticas ao Mercado de Carbono
Greenwashing e Violações de Direitos Humanos:
Projetos de compensação de carbono têm sido acusados de greenwashing. Onde empresas fazem alegações enganosas sobre seus esforços ambientais.
Há também preocupações sobre a violação dos direitos das comunidades locais em projetos de reflorestamento.
Falta de Transparência e Benefícios Tangíveis:
A falta de transparência financeira e evidências claras dos benefícios climáticos têm minado a confiança no mercado.
Projetos mal executados, como o plantio de árvores inadequadas em biomas errados, prejudicam ecossistemas ao invés de restaurá-los.
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O Papel da Symbiosis Coalition no mercado de carbono
A Symbiosis Coalition visa abordar esses problemas com uma abordagem mais responsável e transparente.
Aqui estão alguns pontos-chave sobre suas estratégias:
A coalizão pretende resolver a “falta percebida de projetos de restauração de alta qualidade” e a incerteza em torno da disposição para pagar por créditos de carbono.
Colaboração com Especialistas Independentes:
Trabalhando com especialistas para estabelecer diretrizes robustas. A coalizão busca garantir que os projetos sejam benéficos tanto para o clima quanto para as comunidades locais.
Eles se comprometeram de garantir resultados equitativos para povos indígenas e comunidades locais. Abordando uma crítica comum aos projetos de compensação de carbono.
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Perspectivas no mercado de carbono e a BR ARBO
Enquanto a Symbiosis Coalition faz promessas encorajadoras, o verdadeiro teste será a implementação e a eficácia dos projetos.
Os detalhes sobre tecnologia específica, mecanismos de partilha de benefícios e métricas de biodiversidade ainda estão para ser revelados.
Com a participação de gigantes tecnológicos, há potencial para maior transparência, inovação e confiança no mercado.
Podendo contribuir para projeto de créditos de carbono, como o Mejuruá, da BR ARBO, que protege uma grande reserva na Amazônia.
Por Ana Carolina Ávila