A Guiana deu um passo significativo no mercado global de carbono ao emitir os primeiros créditos de carbono aprovados para uso no Sistema de Compensação e Redução de Carbono da Aviação (CORSIA).
O programa, que visa reduzir as emissões de CO2 da aviação internacional, é gerenciado pela Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO).
A Architecture for REDD+ Transactions (ART) supervisionou as verificações independentes que permitiram à Guiana alcançar este marco crucial.
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Aviação internacional e créditos de carbono
O setor de aviação internacional, responsável por cerca de 1,3% das emissões globais de CO2, busca mitigar seu impacto por meio de metas de sustentabilidade.
Entre essas metas estão o aumento da eficiência de combustível e a redução de emissões líquidas de CO2 para 50% dos níveis de 2005 até 2050.
O CORSIA, dividido em fases voluntárias e obrigatórias, desempenha um papel fundamental nesse esforço, com a Guiana liderando o caminho na América do Sul com a emissão de 7,14 milhões de créditos de carbono para o período 2021–2026.
Os créditos de carbono emitidos serão usados por companhias aéreas que participam voluntariamente do CORSIA.
Ajudando-as a cumprir suas metas de redução de emissões durante as fases voluntárias do programa (2021-2026) e a preparar-se para a fase obrigatória que começa em 2027.
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Projeto Mejuruá e a preservação ambiental no Brasil
Além de ser uma conquista histórica para a Guiana, esse marco também reforça o papel de projetos florestais e ambientais na mitigação das mudanças climáticas.
Um exemplo de iniciativa nesse campo é o Projeto Mejuruá, da BR ARBO, que também busca gerar créditos de carbono através de práticas de reflorestamento e preservação na Amazônia.
O projeto visa restaurar áreas degradadas, gerando benefícios ambientais e sociais, além de contribuir para o mercado de carbono, fortalecendo a bioeconomia na região.
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Por Ana Carolina Ávila