Um estudo recente conduzido por Rafael Araújo, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que o desmatamento na Amazônia, está diretamente relacionado à redução de chuvas na região, impactando negativamente a geração de energia.
A Usina Hidrelétrica (UHE) Teles Pires, localizada entre os estados de Mato Grosso e Pará, já sofre consequências significativas dessa diminuição de precipitações.
A Amazônia é conhecida por seu papel crucial na geração de chuvas, por meio de um processo chamado evapotranspiração, que libera vapores orgânicos no ar, formando nuvens e precipitações.
O fenômeno dos “rios voadores”, responsável por transportar a umidade da floresta para outras regiões do país, como o Centro-Oeste, Sudeste e Sul, tem sido prejudicado pelo desmatamento.
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Impactos econômicos e ambientais da redução de chuvas na Amazônia
O estudo apontou que a redução média de chuvas varia entre 6% e 13% em diferentes estações e áreas da Amazônia.
Na região da UHE Teles Pires, essa queda de precipitação já resultou em uma perda de aproximadamente R$ 107 milhões na geração anual de energia, o equivalente a 10% da receita da usina.
Além disso, as comunidades indígenas locais enfrentam desafios ambientais agravados pelas alterações no ciclo hídrico, causadas pela redução das chuvas e pela interferência da usina no fluxo dos rios.
Rafael Araújo destaca a importância de políticas de conservação e restauração da vegetação nativa para mitigar os impactos do desmatamento e das mudanças climáticas nas chuvas.
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Projeto Mejuruá: uma solução sustentável
Um exemplo de ação preservacionista na Amazônia é o Projeto Mejuruá, da BR ARBO.
Ao conservar grandes áreas da floresta, o projeto ajuda a manter os ciclos naturais de chuva, não só na região, mas em outras áreas do país.
Além de proteger o meio ambiente, iniciativas como esta mostram que é possível aliar crescimento econômico e sustentabilidade, beneficiando o ecossistema e as comunidades locais.
Por Ana Carolina Ávila