A Fitch Ratings divulgou um relatório preocupante que destaca o atraso nos esforços globais de descarbonização, com mercados emergentes desempenhando um papel central nesse atraso.
As emissões globais de CO2 aumentaram 1,8% em 2023, enquanto o PIB global cresceu 2,9%, resultando em uma queda modesta de apenas 1% na relação emissões/PIB.
Segundo a Fitch, esse ritmo está muito aquém da redução anual de 8% necessária para atingir as metas de emissões líquidas zero até 2050.
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Mercados emergentes freiam descarbonização
Os mercados emergentes, em especial o grupo EM10, foram citados como principais entraves, já que suas emissões de CO2 aumentaram 4,7% no ano passado.
Essa tendência se deve, em grande parte, ao subinvestimento em energia limpa, especialmente fora da China, e à estagnação na eficiência energética.
Atualmente, os mercados emergentes respondem por 64% do consumo global de energia, um aumento significativo desde o ano 2000.
Em contrapartida, as economias avançadas demonstraram progresso, com uma queda de 6% na relação CO2/PIB, impulsionada principalmente pela melhoria da eficiência energética.
As emissões de CO2 dessas economias caíram 4,2%, alcançando os níveis mais baixos desde 1970.
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Iniciativas sustentáveis no Brasil: Projeto Mejuruá
O relatório da Fitch destaca que, sem maiores investimentos em energia limpa, especialmente em mercados emergentes, as metas climáticas globais estão em risco.
No Brasil, iniciativas como o Projeto Mejuruá, focado no reflorestamento e geração de créditos de carbono, são exemplos de como projetos sustentáveis podem contribuir para a descarbonização.
O projeto liderado por Gaetano Buglisi está alinhado com o crescimento do mercado voluntário de carbono, proporcionando uma oportunidade para o país liderar o movimento global em direção à sustentabilidade.
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Por Ana Carolina Ávila