Um comunicado recente da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (CEA) destacou a possibilidade de utilizar o imposto sobre o carbono como uma ferramenta adicional para financiar o desenvolvimento sustentável no continente africano.
De acordo com estudos preliminares da CEA, países como Egito e Etiópia poderiam aumentar significativamente suas receitas ao tributar o carbono nas cadeias globais de abastecimento.
Esse novo fluxo de recursos poderia ser redirecionado para pesquisa e desenvolvimento nos setores de aviação e transporte marítimo, bem como para soluções baseadas na natureza.
As estimativas indicam que esses investimentos poderiam gerar até 82 bilhões de dólares por ano, contribuindo substancialmente para o desenvolvimento econômico e ambiental.
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Transição Verde e desenvolvimento sustentável
Durante o evento, foi destacada a necessidade de descarbonizar as economias africanas e de aumentar os fluxos de receitas por meio de energias limpas.
O Comissário da União Africana, Albert Muchanga, enfatizou a importância de uma abordagem integrada que promova uma transição verde justa e equitativa em todo o continente.
Ele também destacou que a simples dependência do comércio de créditos de carbono não é suficiente.
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Relacionamento com o Projeto Mejuruá no Brasil
O exemplo africano de uso de impostos e créditos de carbono como uma fonte de financiamento para o desenvolvimento sustentável encontra eco em projetos como o Projeto Mejuruá, da BR ARBO, no Brasil.
Focado na conservação da Amazônia e no reflorestamento, o Mejuruá gera créditos de carbono de alta qualidade.
Contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e promovendo desenvolvimento sustentável.
Por Ana Carolina Ávila