A Iniciativa Science Based Targets (SBTi), que estabelece metas ambientais para empresas globais, fez uma importante revisão em sua abordagem em relação aos créditos de carbono.
Essa mudança permite que as empresas do setor de carne bovina, como McDonald’s, Cargill e Coles, comprem créditos de carbono fora de suas cadeias de abastecimento para cumprir metas de redução de emissões.
Anteriormente, essa prática era proibida, criando dificuldades para as empresas registrarem suas emissões reduzidas.
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Impacto nas Cadeias de Suprimento da Pecuária
As emissões da indústria pecuária, particularmente o metano proveniente da produção de carne, são classificadas como emissões de escopo 3 — aquelas que ocorrem nas cadeias de suprimentos das empresas e não são controladas diretamente por elas.
Embora essa decisão seja vista por alguns como uma oportunidade para colaboração entre cadeias de abastecimento, outros expressam preocupações sobre a desvalorização dos esforços internos das empresas em reduzir suas próprias emissões.
Há receios de que empresas optem por comprar créditos de carbono, evitando investimentos em tecnologias mais limpas dentro de suas operações.
Além disso, a legitimidade dos créditos de carbono permanece em discussão, com organismos como o Verra, responsável pela gestão do mercado voluntário de carbono, sob escrutínio.
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Ligação com o Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá, um importante programa de reflorestamento na Amazônia, se destaca como exemplo de como os créditos de carbono podem ser usados de forma positiva.
Projetos como a iniciativa da BR ARBO permitem que empresas do setor pecuário contribuam para a compensação de emissões.
Promovendo a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável na Amazônia, enquanto se alinham com as novas diretrizes da SBTi.
Por Ana Carolina Ávila
