Leilão de certificados de energia renovável enfrenta críticas

Em junho, a Bolsa de Carbono de Bursa Malásia (BCX) está enfrentando críticas significativas devido ao leilão de certificados de energia renovável (RECs).

Os títulos foram associados a projetos implicados em violações de direitos humanos.

A organização ambiental sem fins lucrativos RimbaWatch expressou preocupações sobre a elegibilidade e a integridade dos créditos negociados na plataforma.

Destacando casos específicos que levantam sérias questões éticas.

Projetos Controversos de certificados de energia renovável 

A Barragem de Murum, Sarawak, Malásia.

Os RECs vendidos da barragem de Murum, em Sarawak, foram identificados como problemáticos.

A construção e operação dessa barragem têm sido associadas a deslocamentos forçados de comunidades indígenas e outras violações de direitos humanos.

A inclusão desses RECs no leilão pode prejudicar a credibilidade da BCX e das empresas que compram esses créditos, como a gigante estatal Petronas.

Além da Iniciativa de Carbono Florestal Southern Cardamom, Camboja.

Este projeto de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) foi suspenso pela credenciadora de créditos de carbono VCS (Verified Carbon Standard).

Devido a violações dos direitos humanos contra povos indígenas.

A venda de créditos dos projetos sob escrutínio agrava a percepção de que a BCX não está mantendo padrões éticos rigorosos.

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Reações e Recomendações

A RimbaWatch exige que a BCX cesse a negociação de créditos ambientais ligados a abusos de direitos humanos.

E revise seus critérios de elegibilidade para garantir que apenas projetos éticos e sustentáveis sejam incluídos.

A venda de créditos de projetos comprometidos mina a integridade do mercado voluntário de carbono.

E pode desincentivar a participação de empresas preocupadas com a responsabilidade social corporativa.

A Bolsa de Carbono de Bursa afirmou que os créditos negociados em sua plataforma atendem aos padrões globais.

No entanto, a verificação desses padrões e a transparência na seleção dos projetos são fundamentais para manter a confiança do mercado.

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Implicações para o Mercado Voluntário de Carbono

A falta de transparência e de rigorosos critérios de elegibilidade pode desestabilizar a confiança nos mercados voluntários de carbono.

Afetando negativamente a participação de empresas que buscam compensar suas emissões de maneira ética.

Melhorar a governança e a transparência dos processos de seleção de projetos.

Além de implementar auditorias independentes para verificar o cumprimento dos direitos humanos e padrões ambientais.

Empresas que compram RECs e créditos de carbono de projetos controversos podem enfrentar repercussões negativas para sua reputação e responsabilidade corporativa.

Essas organizações devem realizar due diligence rigorosa.

E preferir projetos certificados por padrões reconhecidos e auditados por entidades independentes.

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Exemplo do Projeto Mejuruá nesse contexto

O escrutínio sobre a Bursa Malásia destaca a necessidade crítica de reforçar os critérios de elegibilidade e a transparência nos mercados voluntários de carbono.

É imperativo que todas as partes interessadas, adotem práticas rigorosas e éticas que respeitem os direitos humanos.

O projeto Mejuruá é um exemplo der como os projetos de créditos de carbono devem associar o desenvolvimento sustentável com o social.

A BR ARBO busca por meio deste projeto desenvolver economicamente a região em que o trabalho é realizado.

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Por Ana Carolina Ávila

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