No Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, no Pará, a preservação da Amazônia depende da aplicação da ciência e da tecnologia.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mantém a Coordenação Espacial da Amazônia.
O Inpe monitora a degradação florestal na Amazônia quase em tempo real desde que foi criado no PCT em 2010.
Por meio do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).
A coordenadora espacial da Amazônia, Alessandra Gomes, diz que os órgãos de fiscalização precisam das informações geradas.
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Diariamente, o Deter identifica desmatamentos, queimadas e processos de degradação florestal como sinais de destruição.
O líder técnico do Deter, Arlesson Almeida Souza, explica que o sistema observa áreas de mineração, cortes seletivos e perturbações causadas pelo fogo.
Científica e Tecnologia para Proteção da Amazônia
A análise de dados requer uso de tecnologia sofisticada e software especializado.
O software TerraAmazon, desenvolvido pelo Inpe, permite que a equipe colabore na análise das imagens produzidas.
A representação detalhada do espaço geográfico estudado também é essencial.
Os órgãos de controle, como o Ibama e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), são informados pelo sistema Deter por alertas diários e mensais sobre o desmatamento.
Os dados estão disponíveis no portal TerraBrasilis, que é aberto a todos, incluindo estudantes e pesquisadores.
Arlesson enfatiza que, de acordo com os dados fornecidos pelo Deter, o desmatamento no Pará caiu 67% em abril de 2024.
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Referência para o desenvolvimento inovador na Amazônia
Os dados do Deter são importantes para o planejamento de iniciativas como a Amazônia Viva e a Curupira.
Esse projeto combate o desmatamento em municípios prioritários.
O objetivo do sistema Deter é detectar a perda de cobertura florestal em áreas menores. Isso evita a destruição em locais que antes não eram monitorados por pessoas.
O PCT Guamá é uma empreitada liderada pelo Governo do Pará e apoiada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
É o primeiro parque tecnológico em operação na região Norte do Brasil.
Ele se concentra em promover empreendedorismo sustentável e pesquisa aplicada.
O parque tem 72 hectares e abriga mais de 30 empresas locais e 60 associadas.
Também abriga 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento.
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Ambiente propício à inovação e o projeto Mejuruá
Ao integrar o maior ecossistema de inovação do mundo, o PCT Guamá faz de parques de ciência e áreas de inovação, como a Anprotec e a Iasp.
O parque ajuda a preservar a Amazônia através da ciência e tecnologia, promovendo um desenvolvimento econômico sustentável e inovador.
PCT Guamá demonstra a importância de métodos inovadores para a proteção ambiental por meio da integração de tecnologia avançada e ciência.
O projeto Mejuruá que comercializa créditos de carbono é beneficiado por essas iniciativas de fiscalização.
Uma vez que conservar a reserva na floresta amazônica, passa a ser mais eficiente.
Por Ana Carolina Ávila