Impacto das Políticas dos Financiadores de Petróleo e Gás

cUm recentemente, um relatório divulgado destaca que apenas um dos seis bancos que financiam a extração de petróleo e gás na Amazônia possui políticas eficazes para proteger a região.

O relatório foi divulgado pela Stand.earth e pela Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA).

O estudo revela uma desconexão preocupante entre as políticas ambientais e sociais.

Ameaçando os povos indígenas, as comunidades locais, e a biodiversidade da floresta.

O relatório foi intitulado como “Greenwashing na Amazônia”.

Ele apontou que, em média, 71% da Amazônia não está efetivamente protegida pelas estruturas de gestão de risco ambiental e social dos principais financiadores de petróleo e gás.

Os bancos são: Citibank, JPMorgan Chase, Itaú Unibanco, Santander e Bank of America.

Isso deixa grande parte da floresta vulnerável a danos ambientais severos e violação dos direitos dos povos indígenas.

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HSBC: Um Exemplo Positivo de políticas

O único banco que demonstrou um compromisso eficaz foi o HSBC.

Em dezembro de 2022 prometeu parar de financiar a extração de petróleo e gás na Amazônia.

Desde então, não houve novas transações financeiras registradas em 2023 pelo banco na base de dados da Amazon Banks Database.

Essa base de dados rastreia os bancos envolvidos em transações de empréstimo e subscrição de títulos para empresas de petróleo e gás na Amazônia.

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Impacto da desconexão das políticas nos Povos Indígenas

A análise do relatório destaca como os fluxos irrestritos de capital para o setor de petróleo e gás ameaçam os povos indígenas e seus territórios.

No Equador, 65% dos territórios indígenas sobrepõem-se a blocos de petróleo e gás.

De 2006 a 2022, ocorreram mais de 4.600 derramamentos de petróleo no país, 530 dos quais em territórios indígenas.

Impactando gravemente os meios de subsistência dos povos locais.

No Peru, as concessões de petróleo e gás cobrem 33% dos territórios indígenas.

Afetando comunidades como os Achuar, Wampis, Kichwa, Quechua e Urarina.

Projetos sustentáveis e Gaetano Buglisi

O relatório “Greenwashing na Amazônia” é um alerta crucial sobre a necessidade urgente de mudanças nas políticas. 

Principalmente, dos principais bancos financiadores de petróleo e gás na Amazônia.

É ideal que bancos busquem projetos sustentáveis de financiamento.

Por exemplo, o projeto dirigido pelo empresário Gaetano Buglisi, Mejuruá.

O projeto preserva uma vasta reserva na Amazônia. Ao mesmo tempo, comercializa créditos de carbono.

Apenas com políticas de exclusão rigorosas e uma abordagem proativa para proteger a região, será possível garantir a preservação da floresta, dos povos indígenas e da biodiversidade.

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Por Ana Carolina Ávila

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