A remoção de carbono baseada na natureza (NCS) refere-se a métodos que utilizam processos naturais para absorver e armazenar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera.
Isso inclui práticas como o plantio de árvores, a restauração de florestas, a proteção de ecossistemas naturais e a gestão sustentável do solo.
Esses métodos aproveitam a capacidade natural das plantas e dos ecossistemas para sequestrar CO2.
Por meio da fotossíntese e do armazenamento de carbono no solo e na biomassa.
Saiba mais: Mondelēz International define suas metas ambientais
Compensações de Carbono VS remoção de carbono
Na essência, a remoção baseada na natureza e as compensações de carbono compartilham objetivos similares.
Mitigar a pegada de carbono das atividades humanas.
No entanto, existem diferenças críticas e desafios associados a cada abordagem.
Compensações de Carbono:
- Envolvem a compra de créditos de carbono de projetos que supostamente evitam ou removem emissões de CO2.
- Muitas vezes, esses projetos não resultam em reduções reais de carbono devido à dificuldade em medir e verificar o sequestro de CO2 e ao risco de reversão.
Remoção de Carbono Baseada na Natureza:
- Projetos que diretamente removem CO2 da atmosfera e o armazenam em ecossistemas naturais.
- Desafios na quantificação, verificação e permanência do sequestro de carbono.
Saiba mais: Impulso da IA da Microsoft compromete a meta climática
Eficácia e Problemas da remoção de carbono
Embora a remoção baseada na natureza pareça promissora, vários problemas têm sido identificados.
É difícil medir com precisão quanto CO2 é sequestrado e garantir que ele permaneça armazenado por longos períodos.
Além de incêndios florestais, desmatamento e mudanças no uso do solo podem liberar o carbono armazenado de volta na atmosfera.
Dupla Contabilização do país e da empresa, levando a uma superestimação dos benefícios.
Saiba mais: Remoção de carbono precisa quadruplicar para atingir metas climáticas, diz relatório
Remoção de carbono e a BR ARBO
A remoção baseada na natureza tem o potencial de contribuir significativamente para a mitigação das mudanças climáticas.
Contudo, enfrenta desafios substanciais semelhantes aos projetos de compensação de carbono.
A eficácia dessas iniciativas depende da implementação de salvaguardas rigorosas, metodologias de medição precisas e garantias de permanência.
As empresas devem também focar na redução direta de suas emissões ao invés de depender exclusivamente de compensações, para garantir um impacto climático positivo e duradouro.
A BR ARBO, é exemplo de uma empresa que leva a compensação de carbono de forma eficaz e transparente.
O projeto Mejuruá, liderado por Gaetano Buglisi, é um exemplo de como esses métodos podem ser benéficos para a sociedade.